22 janeiro, 2009

No navio

Daqui me despeço.
Vou navegar em novos mares.

06 junho, 2008

Novela

E os Beatles dificilmente tocam e o Caio se recusa a falar. Como diz Los: "Pois é, não deu."

03 novembro, 2007

E então, apenas está.

Em algum lugar no sorriso dela.

03 outubro, 2007

Ponto verde

Revivendo algo que já morreu. Brotos podem surgir trazendo à tona uma floresta nunca cultivada.

09 setembro, 2007

Fim total.

Vim aqui por (quase) nada, acho. Anuncio o fim do Campos de Morangos Mofados. Ele morreu semana passada (acho que posso, sem erro, afirmar que ele já vinha definhando há algum tempo. Culpa de quem vos escreve...), e foi uma morte silenciosa. Depois de descoberto o corpo houveram algumas lágrimas, claro. Mas isso não é o bastante para ressuscitar algo. Coisas boas partiram dele. Enquanto viveu (e até agora, que ainda é possível observar as marcas deixadas) teve -e não minto- grandes momentos. Algumas pessoas dedicaram seu raro tempo a pensar em coisas bonitas para deixar aqui. Melhor não esconder a verdade: foi uma (pessoa), apenas. Palmas para ela.
Ainda estamos pensando no que fazer com o corpo. Por enquanto ele permanece aqui, e quem quiser visitar um defundo que se sinta à vontade. A casa é sua, não minha. Os morangos se acabaram. Apodreceram todos, os ramos secaram. Agora só se vê a terra, quente. Mas não fiquemos tristes, que um novo semeador pode passar por aqui.
Adeus Campos de Morangos Mofados.
Adoro seu nome.

03 setembro, 2007

fim parcial

Eu estou desistindo de postar aqui.
Então o blog passa a ser da Thai (é assim que aparece seu nome).
Vida longa, mas sem bolachas de chope. (Uma vez eu achava que era de comer. Acho que só descobri que não esse ano, e nem tinha me dado conta.)
Bom, é isso. Nada mais. Quem quiser construir por cima, construa, mesmo não sendo tão plano (é um castelo arruinado [quem nunca derrubou um castelo a cotoveladas pode imaginar o quarto castelo do jogo Super Mario World para Super Nintendo]).
(Eu falo nada mais, mas sempre continuo, né?) Bem, a palavra "parcial" do título do post se deve a um conceito mais ou menos novo que estou aprendendo.
Bem, assim eu largo os ovos. ("Passar a bola" está velho.)

27 agosto, 2007

das possibilidades que são "muitas".

Quem fez o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) nesse domingo pode perceber o quão ridícula é a prova, o quão sem um maior nível de dificuldades são as questão, e, principalmente, o rumo à precariedade que anda o nosso ensino. Com questões onde pensar é aumentar a chance de erro, e com um tema de redação insosso rondando a propagação da falta de criatividade, o governo, mais uma vez, se superou. Ora, o que pensam os nossos governantes adotando projetos desse tipo? O que querem? Que mais pessoas sejam aprovadas sem o mínimo de conhecimento possível, só pode ser isso. Aumentar o número de aprovados não significa melhorar o nível da qualidade do ensino. Está muito fácil fazer uma faculdade, está muito fácil freqüentar uma escola. E não venha, caro leitor, me falar em "educação para todos"! Isso eu também quero, por isso eu também luto. Mas quero educação de qualidade, e não um amontoamento de alunos em salas de "aula mal ambientadas" e precárias com professores despreparados e apáticos. E claro, não deve-se esquecer de que uma boa formação precisa de todas as etapas para ser completa. Ou seja, do que vale um semi-analfabeto adentrar num ensino superior sem ter passado por um bom ensino anterior? Eu gostaria de poder mudar algumas coisas...

26 agosto, 2007

de redações para vestibular

É um negócio mal fundamentado o que se ensina nos cursinhos sobre isso. (Apesar de talvez dar certo, mas vamos verificar as engrenagens.)
Nas (ou para as)redações se é incentivado a ser criativo. Só que é difícil ser criativo de verdade se há as fórmulas que dizem como sê-lo. Qualquer redação fica trivial; devemos evitar os jargões e as palavras repetidas. Truques criativos existem prontos, e existem pessoas meio que disponíveis a ensiná-los. Mas como dizer que se pode ensinar a convencer uma pessoa? Como fazer padrões? E porque as pessoas que corrigem aceitam esses padrões? Se já estão tão unificado (claro, nem tanto, mas considere que muitas pessoas, mesmo, fazem cursos pré-vestibular e têm mais ou menos as mesmas dicas para redação [quer dizer, nem disso sei, mas ao menos elas devem ser fundamentadas para o mesmo sentido]), então é de se surpreender (se fôssemos éticos de verdade, e também um pouco ingênuos) que caiam nesses truques. Ou está escrita uma convenção de que quem faz certas coisas é porque realmente sabe e não porque foi sugerido que foi feito.
E o padrão da forma? Dois parágrafos de desenvolvimento, é isso que sugere? Desenvolver um, desenvolver outro, depois ponderar (é assim?). Olha, que coisa ridícula, mas é bem propício para selecionar pessoas para viverem num mundo medíocre, quem sabe de solicitações, e de todas as coisas do gênero (humano? não, não sei direito). Então se pega para o que se quer, e nisso o processo está fluindo corretamente. Façamos que sabemos: essa é a moda e a lei do convívio (profissional? também não sei).
Mas ainda torço para um pouco de ética, pensamento, sentimento (bastante desse) e ingenuidade agirem na formação de posts para falar sobre isso.

caminhar e dirigir

Não se faz muito esforço mental (do tipo burocrático) enquanto se caminha, o que deixa o cérebro suficientemente livre para se deleitar nas idéias que quiser. Pensei isso ao caminhar na calçada; talvez ao atravessar a rua se deva ter algum cuidado.
Quem dirige acaba muitas vezes por se tornar escravo do ato (assim como acontece com celulares, televisão, computadores e blogs [eu disse blogs? por conseguinte {ou um depois}, não leve a sério a lista]), e isso, como se escreve nas redações, pode ser prejudicial ao ser humano (como um todo? não, disso não precisamos). Ainda não tenho licença para dirigir (nem para matar nem para fugir), mas acho que deve ser tão robótico ficar sentado em um carro tendo de guiá-lo. E nem falaremos das novidades que prometem melhorar a vida dos motoristas (na verdade, isso se aplica a tantas coisas...). O que há é somente um processo de unificação e despessoalização. Um pequeno exemplo (um bit) é a buzina: quando de mim (pensando em mim) não se perderia buzinando para os conhecidos? É um bit, ou se buzina, ou não, ou ainda se manda aquela coisa ridícula contínua, mas quem está no volante e tem o poder? Não, mutante errante, não tem.
Então, para se manter em pé, nada como caminhar.

certa lei da propaganda

A cada propaganda corresponde uma única outra propaganda, de mesma posição e mesmo tamanho, mas voltada para o outro lado para que os carros que vêm no sentido oposto também tenham algo para distrair suas mentes.