26 agosto, 2007

caminhar e dirigir

Não se faz muito esforço mental (do tipo burocrático) enquanto se caminha, o que deixa o cérebro suficientemente livre para se deleitar nas idéias que quiser. Pensei isso ao caminhar na calçada; talvez ao atravessar a rua se deva ter algum cuidado.
Quem dirige acaba muitas vezes por se tornar escravo do ato (assim como acontece com celulares, televisão, computadores e blogs [eu disse blogs? por conseguinte {ou um depois}, não leve a sério a lista]), e isso, como se escreve nas redações, pode ser prejudicial ao ser humano (como um todo? não, disso não precisamos). Ainda não tenho licença para dirigir (nem para matar nem para fugir), mas acho que deve ser tão robótico ficar sentado em um carro tendo de guiá-lo. E nem falaremos das novidades que prometem melhorar a vida dos motoristas (na verdade, isso se aplica a tantas coisas...). O que há é somente um processo de unificação e despessoalização. Um pequeno exemplo (um bit) é a buzina: quando de mim (pensando em mim) não se perderia buzinando para os conhecidos? É um bit, ou se buzina, ou não, ou ainda se manda aquela coisa ridícula contínua, mas quem está no volante e tem o poder? Não, mutante errante, não tem.
Então, para se manter em pé, nada como caminhar.

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