26 agosto, 2007

o primeiro passeio no parque

Não digito à máquina de escrever que de tão sagaz escreveu muitas sagas. Do controle unificado parte-se à solidão na multidão. Ainda assim, tenho força de qualquer coisa como qualquer pessoa em certo sentido.
Existem coisas das quais dificilmente um ser humano pode ser privado. São coisas fortes. Assim como não se priva um cadáver do seu sono e da sua super austeridade (mesmo eu não sabendo direito o que é isso) não se exime uma pessoa do prazer de ter dormido e dormir. Sonhar é por conta de cada um, como qualquer coisa. Mesmo lugares frios e desaconchegantes não são entraves ao momento tal do sono, o momento em que se pega nele, e se agarra, como a uma ave que pode nos levar a qualquer lugar (que ela queira, veja bem).
Também existem coisas muito fortes, mas que até que não precisam necessariamente serem pessoais. São as palavras, e as letras, que existem num mundo complexo (não, na verdade elas naõ existem... mas isso é somente o que diz um ser que se acha existente, e por isso proclama sua superioridade sobre outras coisas quaisquer, de nome ou não). Escrita complexa, subvertendo as ordens, sem que por isso haja crases e ubiqüidades muito ambíguas no contexto hiperbólico. Li há alguns minutos atrás Memórias Póstumas de Brás Cubas enquanto eu ainda estava vivo, e isso pode me impulsionar, como um jardineiro em um trampolim - não de rosas. Entendi muito bem por que motivo em alguns momentos é desejável o uso de vírgula e não de travessão ("sim - concordou" pode ser estranho aos olhos não vadios), e não pode ser proibido o uso de muitas matrizes coluna ponto e vírgula. Saiu; e continua, sem outra pausa, maior ou menor. Medida certa.

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