26 agosto, 2007

de redações para vestibular

É um negócio mal fundamentado o que se ensina nos cursinhos sobre isso. (Apesar de talvez dar certo, mas vamos verificar as engrenagens.)
Nas (ou para as)redações se é incentivado a ser criativo. Só que é difícil ser criativo de verdade se há as fórmulas que dizem como sê-lo. Qualquer redação fica trivial; devemos evitar os jargões e as palavras repetidas. Truques criativos existem prontos, e existem pessoas meio que disponíveis a ensiná-los. Mas como dizer que se pode ensinar a convencer uma pessoa? Como fazer padrões? E porque as pessoas que corrigem aceitam esses padrões? Se já estão tão unificado (claro, nem tanto, mas considere que muitas pessoas, mesmo, fazem cursos pré-vestibular e têm mais ou menos as mesmas dicas para redação [quer dizer, nem disso sei, mas ao menos elas devem ser fundamentadas para o mesmo sentido]), então é de se surpreender (se fôssemos éticos de verdade, e também um pouco ingênuos) que caiam nesses truques. Ou está escrita uma convenção de que quem faz certas coisas é porque realmente sabe e não porque foi sugerido que foi feito.
E o padrão da forma? Dois parágrafos de desenvolvimento, é isso que sugere? Desenvolver um, desenvolver outro, depois ponderar (é assim?). Olha, que coisa ridícula, mas é bem propício para selecionar pessoas para viverem num mundo medíocre, quem sabe de solicitações, e de todas as coisas do gênero (humano? não, não sei direito). Então se pega para o que se quer, e nisso o processo está fluindo corretamente. Façamos que sabemos: essa é a moda e a lei do convívio (profissional? também não sei).
Mas ainda torço para um pouco de ética, pensamento, sentimento (bastante desse) e ingenuidade agirem na formação de posts para falar sobre isso.

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