27 agosto, 2007

das possibilidades que são "muitas".

Quem fez o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) nesse domingo pode perceber o quão ridícula é a prova, o quão sem um maior nível de dificuldades são as questão, e, principalmente, o rumo à precariedade que anda o nosso ensino. Com questões onde pensar é aumentar a chance de erro, e com um tema de redação insosso rondando a propagação da falta de criatividade, o governo, mais uma vez, se superou. Ora, o que pensam os nossos governantes adotando projetos desse tipo? O que querem? Que mais pessoas sejam aprovadas sem o mínimo de conhecimento possível, só pode ser isso. Aumentar o número de aprovados não significa melhorar o nível da qualidade do ensino. Está muito fácil fazer uma faculdade, está muito fácil freqüentar uma escola. E não venha, caro leitor, me falar em "educação para todos"! Isso eu também quero, por isso eu também luto. Mas quero educação de qualidade, e não um amontoamento de alunos em salas de "aula mal ambientadas" e precárias com professores despreparados e apáticos. E claro, não deve-se esquecer de que uma boa formação precisa de todas as etapas para ser completa. Ou seja, do que vale um semi-analfabeto adentrar num ensino superior sem ter passado por um bom ensino anterior? Eu gostaria de poder mudar algumas coisas...

Um comentário:

Fischer disse...

Discordo de ti num ponto importante.
Não há nada de errado em fazer provas assim. Tirar corretamente dados de um problema é um desafio relevante. Tanto que as pessoas não são capazes de acertar tanto (bem, não sei quanto à seriedade de quem faz a prova).
Aliás, nem são tão fáceis assim. (Não, aqui não entra nenhum argumento ad-hominem, que é como eu acho que um deles se chamaria.)
Não chame a prova de ridícula! Foi preciso pensar para fazê-la, e o que pensei foi útil. Havia questões bolorosas.

Agora, quanto a facilitar o acesso à universidade (bem, o nome ainda não mudou), realmente não concordo com esse tipo de iniciativa. (É, eu não gosto dos pobres, deve ser isso.)