23 julho, 2007

do real interesse

Esse nome tem duas facetas, é muito interessante.
Acho que a maioria das pessoas, quando pergunta alguma coisa, querem, na verdade, certificar-se de outra. (Talvez mais adequado que "maioria das pessoas" fosse a "maioria das pergunta feitas".) Não sei o quanto essa atitude é repreensível (estou com moral nenhuma para repreender ninguém, e isso faz tempo, e abusam da minha nobreza [uma vez somente aproveitavam]), mas ela é bem disseminada. Muitas revelações se esperam de um inocente "Tudo bem?" ou de um "Como vai?". Não revelações como verdades inegáveis sobre divindades, inéditas até então (mas dos mesmos diretores), nem revelações sobre a natureza de partículas ou variedades, e sim revelações de vida pessoal. Fofoca, é a palavra. (E tem aquela da fofoca e da babaleia...) E nessas falsidades do convívio diário (ou sorte de quem não for submetido a isso com tanta freqüência) e social a gente prossegue, sempre andando de lado. Se para os dois, não sei.
(Uma das facetas citadas inicialmente ficou implícita somente, como se precisasse ser diferente. [Não precisa: agora já sabemos que é falso.])

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